No desenrolar do Caça-Preconceito, uma clínica de estética oferecia massagem gratuita e as pessoas tinham a oportunidade de optar por serem atendidas por um dos três massagistas: um negro, uma loira e um homossexual. Num primeiro momento seis pessoas optaram por serem atendidas pela loira. Os criadores do quadro eliminaram a massagista loira, de modo que só ficassem o massagista negro e o homossexual. Novamente outras pessoas entraram na clínica e optaram pelo atendente homossexual. Conclusão: o massagista negro não foi escolhido por nenhum dos participantes. Isso não é Preconceito?
Como se não bastasse esta experiência, a equipe dos Legendários montou uma outra situação em um shopping onde os três atores entravam numa loja munidos de um sensor. Este sensor seria ativado quando os três saíssem da loja juntos e o objetivo da equipe era saber qual dos três seria abordado mais vezes pelos seguranças. Surpresa... O ator negro sofreu cinco abordagens, o homossexual não foi abordado e a loira foi abordada uma vez.
Ao serem indagadas nas ruas ou em qualquer outro lugar as pessoas afirmam aceitarem as diversidades e não serem preconceituosas. Diante disso, como podemos explicar a gama de preconceitos que os negros sofrem até hoje? Será que os negros precisam de cotas para entrar nas universidades ou nos concursos públicos? Ou precisam de respeito?
Essas perguntas serão muito difíceis de serem respondidas, pois as pessoas precisam aprender a se respeitar independentemente de qualquer característica que as tornem diferentes. Porém, um dos principais meios de fazer com que a diversidade seja respeitada e difundida está na capacidade da Educação romper os paradigmas preconceituosos fincados nas famílias e na sociedade pelo nosso processo de colonização e conduzir os seus alunos ao exercício pleno da cidadania. Além disso, precisamos do auxílio da mídia e de programas como Legendários para expor as questões dos preconceitos e das discriminações, quando as máscaras caem.
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